Extraordinário é, bem, extraordinário.
Parecia um livro bonitinho na livraria. Como faz mais que eu com os livros bonitinhos, a Cláudia quis comprar e aí acabou levando e lendo há um tempo atrás. Falou que é lindo; fui ler; e adorei a experiência que esse livro me deu. É uma história de superação e crescimento, bem apropriado para as idades e estados dos personagens envolvidos, e a leitura foi fluida de modo que terminei em dois dias com apenas algumas horinhas de leitura.
August Pullman nasceu com um punhado de anomalias genéticas que, somando-se, causaram uma síndrome raríssima que torna o seu rosto algo não muito normal – ou bonito – de se ver. Ele é descrito uma ou duas vezes durante a narrativa, e dá para se ter uma ideia. Teve que lidar com o olhar de nojo (e, muitas vezes, medo), de crianças e adultos, jovens e velhos. Alguns tem medo de tocar nele, outros, já antecipados com o que devem ver, só hesitam momentaneamente. August (“Auggie”, para os íntimos) percebe, mas finge não perceber. Já está acostumado. (mais…)