Talvez eu não tenha sido completamente sincero quando disse que aquele seria o meu último livro de contos por um tempo ao resenhar Ficção de polpa. A verdade é que estou em uma boa época para a leitura de contos, e crescentemente me apego a esta forma de expressão literária com a qual até este ano eu não tive muito contato real. Um pouco de costume aqui, uns experimentos ali, autores bons, autores nem tão bons, e vou me distraindo ao ler histórias menores, de uma só vez, várias pequenas experiências completas, em dose pequena, para contrabalancear o romance que lutei para terminar por dois meses e que em breve deve figurar em um post por aqui.
O alvo da vez foi o vencedor do prêmio Sesc de literatura na categoria contos em 2010: o livro de estreia de Luisa Geisler Contos de mentira, que chamou a atenção pela idade da autora (19 na época de publicação, 23 hoje) e por certa inovação em relação à linguagem utilizava, que escapa de uma simulação do já consagrado para investir em uma narrativa mais moderna e cinematográfica a partir de um jogo dinãmico de cortes e efeitos. (mais…)