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Nós, os deuses

19543192Quando fiquei sabendo que teríamos uma nova trilogia do Bernard Werber no Brasil, as minhas expectativas foram lá ao alto. A trilogia d’O Império das formigas me encantou com uma originalidade e vida que poucas obras atingiram. Apesar de considerar o terceiro livro daquela um pouco enfadonho na parte se tratando de humanos, não deixa de ser de muitas maneiras original. A ideia de se narrar as formigas de maneira não antropomorfizada, mas de formas biologicamente corretas foi algo, para mim, inesperado, e mudou de N formas o jeito com que eu assisto a “Vida de Inseto”. Com uma voz limpa, mas instigante, uma leitura rápida e a incapacidade de largar os livros por um longo período de tempo, nada mais natural que esperasse uma continuação destas características nesta nova trilogia lançada pela Bertrand Brasil: O ciclo dos deuses, cujo primeiro expoente é Nós, os deuses.

Ainda fico ligeiramente reticente, pois não sei apontar exatamente o que achei do livro. Gostei, e reencontrei vários pontos formais, de voz, de leveza e de temas que achei tão legais em As formigas. Mas acho que esta nova série não conseguiu me captar de maneira tão irremediável – não, pelo menos, neste primeiro volume. Talvez seja resultado da mudança temática e de enredo. Talvez o que me encantasse em As formigas não fosse propriamente Werber, mas as próprias formigas. Mas isso não faz de Nós, os deuses uma narrativa desprezível.

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Star Wars: Livro dos Sith

O-Livro-dos-SithEu gosto de Star Wars. Não posso me dizer o maior fã de todos os tempos – só conheci a saga em 2005 e só assisti o último dos lançamentos, Revenge of the Sith, nos cinemas, devido ao meu atraso. Conheci com um box de DVDs da trilogia clássica (sim, a versão remasterizada) que meu pai comprou mais cedo naquele ano, que assisti e me diverti pacas. Passei 2005 fissurado na série, e depois de algum tempo assisti os dois primeiros filmes da nova trilogia, gostei (ei, eu tinha 11 anos!) e presenciei seu encerramento na telona. Tinha um amigo que também era fã de Star Wars e nos divertimos naquele ano.

Depois de um tempo, apesar de reconhecer o valor dos filmes e tal, acabei perdendo o interesse. Nunca tive paciência e disposição de me aventurar pelo Universo Expandido. Lembro-me de ter comprado um dos quadrinhos (removido completamente do contexto e portanto acabei não entendendo nada) e meu conhecimento do EU acabou se resumindo a algumas entusiásticas pesquisas pela internet.

No ano passado, a Bertrand Brasil traduziu O Caminho Jedi, o livro-irmão deste que é o tema do post, e eu não pude resistir ao produto editorial que me atraía. O livro é lindo (sério), o texto é divertido (apesar de ser muita exposição e, para gente que não é muito fã do universo, não seja tão legal) e acabou sendo uma leitura rápida e legal. Quando passei os olhos pela sua “continuação”, O livro dos Sith, fiquei ainda mais maravilhado. Folheando pela lombada, já começamos a ver que a obra foi produto de um trabalho imenso. (mais…)